São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Como o Beron foi usado pelo esquema dos títulos . 62 empresas "laranjas" mantiveram conta corrente na agência do Beron em São Paulo para ajudar na lavagem de dinheiro obtido com a negociação de títulos públicos . Os laranjas lavaram cerca de R$ 2 bilhões por intermédio do Beron em São Paulo. A maioria das empresas utilizadas no esquema eram de fachada . Como? Duas distribuidoras de valores, a Negocial e a Split, e uma corretora, a Perfil, faziam contratos particulares com os laranjas, simulando investimento no mercado futuro . As instituições sempre perdiam o dinheiro do investimento para os laranjas. O cheque era depositado na conta do laranja no Beron, e no mesmo dia o valor era repassado para contas de outros laranjas e doleiros em outros bancos . Quase 60% do dinheiro foi parar nos seguintes bancos: Rural, Banestado, BB, Banespa, Unibanco, Bradesco. As principais agências ficam em: Foz do Iguaçu (PR), Cascavel (PR), Londrina (PR), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), e Ponta Porã (MT) . As operações com o Beron só teriam sido possível com a participação do ex-gerente da agência paulista do banco, João Maury Harger Filho . O dono de uma das empresas laranjas, Sergio Mounib Derneka, disse à CPI que foi levado por Harger a participar do esquema para cobrir um rombo em sua conta corrente no banco. Os laranjas ganhavam, em média, 0,2% do valor depositado . Harger depôs na Polícia Federal em São Paulo na semana passada. Negou qualquer envolvimento no esquema. Afirmou que apenas facilitava depósitos e saques para clientes preferenciais, como parte de sua estratégia para melhorar a agência Texto Anterior: Agência do Beron em SP lavou R$ 2 bi Próximo Texto: CPI liga contas nos EUA ao Banestado Índice |
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