São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Comissão tem dificuldade para rastrear 201 cheques da IBF
FERNANDO GODINHO
Ou seja, a maior parte das pessoas citadas nos cheques da IBF -que totalizam R$ 123 milhões- ou simplesmente não existe ou forneceu endereços falsos às agências bancárias que efetuaram os depósitos dos cheques da IBF. Os recursos movimentados pela IBF na agência paulistana do Banco Dimensão são o resultado do lucro obtido pela empresa na intermediação de operações de compra e venda de títulos públicos. O rastreamento desses cheques é considerado essencial para os trabalhos da CPI, pois é preciso saber quem recebeu o dinheiro obtido nas operações que estão sendo investigadas. Até agora, a CPI já conseguiu desvendar o esquema de intermediação envolvendo os títulos, mas não consegue saber quem ficou com o lucrou das operações. Segundo a Polícia Federal, o empresário Ibraim Borges Filho, dono da IBF Factoring, ficou com apenas R$ 80 mil dos R$ 123 milhões movimentados em sua conta bancária do Dimensão. Pereira recebeu um cheque de R$ 9,76 milhões. Em depoimento à CPI, porém, ele negou qualquer contato com a IBF, em depoimento considerado "inverossímil". O senador Romeu Tuma (PFL-SP), que está orientando a equipe técnica da CPI responsável pelo rastreamento dos cheques da IBF Factoring, está sendo auxiliado por Paulo Lacerda, o delegado da PF que comandou as investigações sobre o esquema PC Farias no governo de Fernando Collor. Lacerda está há cinco dias em Brasília preparando um "corruptograma", segundo a definição de Tuma, ex-diretor da PF. Texto Anterior: Para bancos, CPI está no caminho errado Próximo Texto: Senadores tentam desqualificar críticas após revelação de lobby Índice |
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