São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Sargento nega desvio de material do Exército
FREE-LANCE PARA A FOLHA O sargento reformado do Exército Noel Valente de Souza, 49, negou qualquer desvio ilegal de material do Exército ou plano para matar o comandante da Vila Militar, general Valdésio Guilherme de Figueiredo.Souza prestou depoimento ontem na 33ª DP (Realengo, zona oeste do Rio). Ele foi preso após policiais civis encontrarem em sua casa granadas, sinalizadores, pára-quedas, binóculos para visão noturna, grande quantidade de fardas do Exército, facões, machados, cantis e mantas. Também foi encontrado um mapa da Vila Militar onde a casa do general estava assinalada. Souza, que estava detido na Vila Militar, chegou à delegacia por volta das 15h, escoltado por policiais. Durante o depoimento, que durou cerca de três horas, o sargento demonstrou muita tranquilidade e se disse um apaixonado pelas Forças Armadas. Segundo ele, durante os 30 anos em que trabalhou para o Exército, ele recebeu anualmente dois uniformes completos. Essa seria a explicação para a grande quantidade de fardas militares encontradas em sua casa. Souza disse ainda que, durante o tempo em que esteve em Angola pela Força de Paz Brasileira da ONU, recebeu fardamento em excesso. "Sou um colecionador, um apaixonado pela força à qual servi a vida inteira. Jamais me rebelaria contra ela", garantiu. Com relação aos facões e machados, seriam objetos, segundo ele, comprados em Angola como lembranças. Haveria, inclusive, muitos mais, os quais ele já teria dado de presente a amigos. Os sinalizadores, pára-quedas e binóculos para visão noturna seriam objetos "já sem uso", os quais ele guardava também como lembrança. Ele disse desconhecer as granadas e o mapa encontrados. Texto Anterior: Polícia prende acusado de assaltar mais de cem carteiros Próximo Texto: Assaltante de carro-forte é preso com armas no Rio Índice |
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