São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Petrobrás continuará em poder da União
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA PFL se posicionará contra manutenção do controle estatal na terça, quando serão votados destaques de artigoA Petrobrás continuará em poder da União, apesar de o PFL e o PPB, partidos da base governista, terem se posicionado contra a manutenção do artigo 63 do projeto que regulamentou a quebra do monopólio da estatal. O artigo estabelece que a União manterá 50% mais uma ação do capital votante da Petrobrás. Para o relator, deputado Eliseu Resende (PFL-MG), a Petrobrás "saiu ganhando". A estatal obteve o direito de criar subsidiárias em todos os setores de atuação e foi liberada das exigências da lei 8.666, das licitações públicas. A lei era considerada um empecilho para a sobrevivência da estatal em um cenário de competição. O PFL anunciou que marcará posição contra o artigo 63 na próxima terça-feira, quando haverá votação de 22 destaques. "Não temos votos para derrubar o artigo, mas, para o PFL, é questão de princípio ser contra a manutenção de estatais", afirmou o deputado e vice-líder do partido, José Carlos Aleluia (BA). O PFL entende que a manutenção do controle da União teve como único objetivo atender a um compromisso do presidente Fernando Henrique Cardoso firmado com o Senado em 1995. O partido queria que o próximo presidente pudesse privatizar a empresa. Além do órgão regulador do setor, a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o projeto cria o CNPE (Conselho Nacional de Políticas Energéticas) como órgão de assessoramento da Presidência para estabelecer políticas energéticas. Entre as atribuições e responsabilidades dos órgãos estão a manutenção do álcool combustível e fontes alternativas de energia. O álcool ficou fora do projeto original, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia e endossado pela Presidência, o que provocou reações no PFL. Texto Anterior: Déficit comercial agita mercado de dólar Próximo Texto: Covas lança câmara do ABC Índice |
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