São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997
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Bola parada pode decidir artilharia

VALMIR STORTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Luizão, do Palmeiras, chega à nona rodada do Campeonato Paulista com uma média de um gol por partida, mas, apesar disso, intranquilo.
Assim como no ano passado, além de disputar a artilharia da competição com seus rivais, o "matador" do Palmeiras trava um duelo ferrenho com as bolas paradas.
Luizão divide a liderança dos artilheiros com Paulinho, da Lusa, que tem oito gols, mas está tendo mais trabalho do que o outro atacante para se manter na frente.
Isso porque dos oito gols que Paulinho marcou, seis foram marcados de pênalti e um de falta.
"Não vejo problema nos gols de pênalti. A vitória vale três pontos do mesmo jeito", diz Paulinho.
No ano passado, o carma de Luizão foi Giovanni, do Santos, que terminou o Paulista com 24 gols.
O batedor de pênaltis do Palmeiras já era o meia Djalminha, e Luizão não fez nenhum gol assim. Giovanni fez cinco e terminou o campeonato com dois gols a mais do que o palmeirense.
"Não cobrei pênaltis até agora e não vou cobrar mais. Se eu for artilheiro, será uma façanha no futebol mundial", disse Luizão, rodadas antes do final do Paulista-96.
Sem conseguir a artilharia em 96, agora Luizão tem outro discurso.
"Já falei com o Djalminha. Quando o jogo estiver fácil, ele vai deixar eu bater os pênaltis."
No ano passado, o técnico Wanderley Luxemburgo indicou Luizão para cobrar os penais, mas Djalminha não cedeu.
Apesar disso, Luizão garante que ter perdido a artilharia no ano passado não o incomodou. "Eu fui campeão, o Giovanni, não."
O problema para Luizão é que, na capital, os árbitros não param de marcar pênaltis para a Lusa.
No Canindé, foram dois contra o São José e um contra América e Rio Branco. Jogando com o Juventus, no campo do Nacional, mais dois pênaltis foram marcados.
A Lusa é a equipe que mais gols de pênalti marcou: seis. São Paulo, Santos, Portuguesa Santista, Juventus e Palmeiras fizeram dois e São José, América, Araçatuba, Botafogo e Mogi Mirim, um.
Mesmo assim, a vida de Paulinho não tem sido tão fácil. Três dos seis pênaltis a favor da Lusa foram sofridos por ele mesmo. Dos outros três, um foi cometido em Caio, um em Rodrigo e um aconteceu em um toque de mão do adversário.
Talvez Paulinho tenha virado um "artilheiro de bola parada" devido a sua solidariedade.
Paulinho está entre os seis maiores assistentes da competição. Três gols da Lusa foram marcados depois de passes seus. O maior assistente é Paulo Isidoro, do Guarani, que já fez cinco.

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