São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Voltando mais uma vez ao 'caso Pimenta'
MATINAS SUZUKI JR.
Diz ele que as minhas "colocações" sobre a "postura" dele foram "honestas, porém equivocadas". Ele afirma ainda que não pretendeu "retirar de ninguém o sagrado direito de defesa". O advogado-adjunto do São Paulo diz ainda no novo fax que "só afirmei que o 'caso da fita' não alteraria em nada a situação 'interna corporis' do sr. Pimenta no São Paulo Futebol Clube. Lembro aqui que foi Vossa Senhoria quem disse que o caso da fita poderia alterar a situação do Sr. Pimenta Mesquita no SPFC, e foi exclusivamente em relação a tal ponto que ousei encaminhar meu fax anterior". Ele afirma ainda que "como é de meridiana clareza, ninguém do São Paulo exibiu ou entregou eventual cópia da malsinada fita à imprensa que já a alardeava antes mesmo da convocação da reunião do Conselho Deliberativo". Segundo ele, "meu objetivo, não atingido, era só de elucidá-lo sobre o fato de que fraudada ou não tal gravação não teria o condão de alterar a situação do Sr. Pimenta no SPFC". Ele pergunta a razão pela qual não transcrevi o seguinte trecho do primeiro fax: "Houve só a punição pela constatação ampla dos fatos. Se paixão houvesse nada aconteceria, pois não foi sob a presidência dele que o São Paulo F.C. alcançou suas mais expressivas conquistas"? Elcio Roberto Sarti escreve ainda: "Isto posto, exercendo sim meu direito de resposta às afirmativas e conclusões que V.Sa. proferiu, talvez involuntária e inexplicavelmente, atingindo minha honra e dignidade, solicito se digne em repará-las, obedecendo, agora, a ética profissional, a verdade e a transparência, princípios dos quais somos todos discípulos". Em primeiro lugar, eu jamais afirmei o que o advogado pretendeu ler. Ao escrever, no condicional, que a fita poderia mudar o rumo do caso e ser peça "decisiva" na reunião do Conselho do São Paulo, não estou afirmando, evidentemente, que o Conselho mudará (ou não) a sua posição. Não faz parte do meu ofício fazer futurologia. Quem, de antemão, está dizendo qual será o comportamento do Conselho, composto por diversas facções, é o advogado do clube. Concordo com o advogado com o erro da expressão "direito de resposta". Como não acusei ninguém de nada, ele, de fato, não caberia. O efeito provocado pela tentativa do advogado-adjunto do São Paulo em me colocar como simpatizante do ex-presidente Pimenta seria o de me desqualificar como interlocutor nessa questão, fato que não aceito em hipótese alguma. Quanto ao suposto fato de eu ter atingido a honra do missivista, só posso atribuí-lo a mais uma leitura errada do que escrevi. Não tenho nada a reparar. Não o procurei atingi-lo pessoalmente. Apenas chamei a atenção para o fato de ele trabalhar para um setor que, notoriamente, não gosta de transparência. Só isso. Texto Anterior: Richmond, de Marta, perde título da ABL Próximo Texto: Rafting diferente Índice |
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