São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rafting diferente

CARLOS SARLI

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 15 milhões de brasileiros são portadores de deficiências físicas ou mentais. É quase o número de toda a população da Austrália.
Diferentemente dos países desenvolvidos (o melhor seria dizer educados), no Brasil todo esse contingente de deficientes sofre com o estigma da incapacidade e com o preconceito, além de não merecer o devido respeito.
As raras vagas a eles destinadas em estacionamentos, por exemplo, estão frequentemente ocupadas por algum apressado são.
A forma mais eficiente de reverter esse quadro e promover a integração dessa nação de deficientes é por meio do esporte.
É nessa linha que o projeto "Um Desafio de Atitude" -Rafting no Nepal- se enquadra.
Descer rios encachoeirados em botes infláveis proporciona estímulo físico e mental e exige união do grupo na remada.
O Nepal está para o rafting assim como o Havaí está para o surfe.
O país asiático possui várias corredeiras com todos os graus de dificuldade e rios de longas extensões.
Nas partes baixas, a água é morna, diminuindo consideravelmente o risco do esporte.
Inédito no Brasil, o projeto é iniciativa do guia Manoel Morgado.
O apoio técnico e logístico é fornecido por um grupo inglês de operadores de rafting e canoagem em Kathmandu, que já realizou a aventura com ingleses e australianos.
A exigência mínima para quem estiver interessado é ter habilidade de tronco e membros superiores.
O custo do pacote oferecido pela Free Way Adventures -(011) 572-0999- é de US$ 3.000.
A viagem inclui um passeio de elefante em um parque nacional, e a saída será no próximo dia 4.

Texto Anterior: Voltando mais uma vez ao 'caso Pimenta'
Próximo Texto: Favoritos; Sina; Más notícias
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.