São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997
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Chanel traz coleção para todos os gostos

MARIA CRISTINA FRIAS
ENVIADA ESPECIAL A PARIS

Uma coleção para todos os gostos. Chanel, como sempre, atende quem gosta de micro, comprimento próximo aos joelhos, longo. O estilista da maison, Karl Lagerfeld, mostrou ontem modelos quase clássicos, algumas vezes com detalhamento de inspiração russa.
Difícil sair do desfile sem gostar de ao menos algumas peças. Mas a apresentação de Lagerfeld, no terceiro dia de desfiles prêt-à-porter da coleção outono/inverno em Paris, não recebeu aplausos tão entusiasmados quanto os dirigidos a Issey Miyake ou ao inovador John Galliano, para Christian Dior, anteontem.
E não por falta de fidelidade. Boa parte da platéia veio a caráter. Era enorme a quantidade das clássicas bolsas em matelassê e corrente dourada, tailleurs abotoados com o logo conhecido, lenços, entre outros tantos adereços da tribo Chanel.
Os tailleurs da coleção vieram em geral justos, com saia e mangas ligeiramente evasée em lã e crepe de lã.
Voltam os blazers que quase escondem as saias e os elegantes robes-manteaux, os casacos que substituem vestidos.
Os casacos mesmo eram os mais variados: longos, na canela, acima dos joelhos ou como redingotte, um pouco abaixo. Alguns tinham pele nos punhos e bainha e eram de feltro, com abotoamento em zíper.
Nas cores, muito marrom, preto, verde e tonalidades de vermelho, bordeaux.
O colorido veio na trama dos tecidos ou nos bordados com mistura de lãs variadas. Como em Miyake, a idéia é usar trabalhos artesanais em modelos atuais.
Em Lagerfeld, a influência veio da Rússia, dos anos 20, quando Chanel foi amante do duque Dimitri.
Ao lado de micros e shorts curtíssimos, longos com transparência comportada nas pernas e colo, com alguma pedraria ou bordado.
Poucos acessórios. Destaque para gargantilha em conjunto com o vestido: uma faixa escura com largura de três centímetros lisa ou com um broche grande. A exceção foram duas modelos, que desfilaram com muitas pulseiras e cinto em prata.

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