São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Ocimar Versolato mostra fendas e transparências
MARIA CRISTINA FRIAS
Colados ao corpo e com arrojados decotes e transparências, eles pedem mulheres magérrimas e sensuais. Como muitos outros estilistas, Versolato usou bainhas assimétricas, mas ampliou a gama de cores: apesar dos pretos e marrons, usou gelo, lilás, rosa, vermelho e um azul próximo do roxo. As fendas e transparências subiam à cintura, deixando entrever a virilha e, às vezes, até mais. Ocimar não deve repetir as aberturas, ao menos com a mesma ousadia, na coleção que criou para Lanvin e que mostrará sábado. (MCF) * Folha - O que se viu na passarela foi uma mulher supersensual, com umas fendas... Ocimar Versolato - Estratégicas. Eu gosto, é importante saber explorar o corpo da mulher no que ela tem de mais bonito, sem ser vulgar. As pernas são uma coisa que eu adoro. Folha - Você teve uma inspiração definida? Versolato - Nesta estação, quis uma coisa mais futurista, sem muita referência a passado, e acho que estamos começando a formar a mulher do fim do século. Folha - Como é essa mulher? Versolato - É uma mulher supersimples, quer dizer, todo o trabalho está no interior dela, como da roupa. Folha - Qual a diferença entre criar para a sua grife e para a Lanvin? Versolato - Eu tenho o meu estilo, nunca vai dar um resultado igual. Na Lanvin, tem a história da maison, que eu respeito. Folha - E essas fendas, vão aparecer na coleção Lanvin? Versolato - Ah, não. Isso é coisa do Versolato, é propriedade minha que estão copiando. Texto Anterior: Vendas no Brasil surpreendem Próximo Texto: Galpão une Molière a Machado Índice |
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