São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997
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Centenário de vampiro será comemorado em todo o mundo

Personagem criado por Bram Stoker completa 100 anos

RAUL MOREIRA
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM MILÃO

Este é o ano do centenário do conde Drácula. Criado pelo escritor Bram Stoker, o "príncipe das trevas" chega aos 100 anos mais vivo e revigorado do que nunca. Para comemorar seu aniversário, estão programados para este ano, nos EUA e na Europa, dezenas de "festas horripilantes", mostras, operetas teatrais, estudos, debates, filmes e o lançamento de livros sobre a saga do vampiro.
Nos Estados Unidos seu centenário fez crescer a febre do vampirismo, um mercado que movimenta anualmente dezenas de milhões de dólares. Nos últimos meses aumentaram consideravelmente as consultas e adesões a clubes e associações ligados ao vampirismo e o número de livros publicados que tratam do assunto.
Um lançamento que vem despertando curiosidade nos EUA é "Ano Drácula", de Kim Newman, história em que o "príncipe das trevas", depois de eliminar seu caçador Van Helsing, casa com a rainha Vitória, da Inglaterra.
Um dos principais eventos programados nos EUA é o "Centennial Celebration", que acontecerá no hotel Doubletree, no aeroporto de Los Angeles, em agosto, com a participação dos principais "vampiristas" do mundo. Estão programados mostras de cinema, exposições literárias, bailes à fantasia e o show "Drácula, the Musical".
No museu-biblioteca Rosenbach, na Philadelphia, onde se encontram os originais do livro de Stoker, começa no início de abril uma mostra comemorativa do centenário, que se estenderá até novembro. O museu apresenta também em exposição um papiro do século 15 que pertenceu ao conde Vlad Tepes, nobre romeno em que o escritor irlandês se inspirou para criar o personagem.
Em Bruxelas (Bélgica), no museu Real de História e Arte, começa neste mês uma mostra de vários documentos e obras de arte ligadas ao mito de Drácula. Na Romênia, a casa Transylvanian Society of Dracula apresenta no início de maio uma série de simpósios.
Apesar dos eventos europeus, é nos EUA onde a febre de Drácula ganha maior dimensão. Algumas polêmicas ganharam destaque, como a pesquisa sócio-antropológica de Steven Kaplan, já morto, que teria descoberto, com o aval de antropólogos, psicanalistas e historiadores, a existência de 600 vampiros em todo o mundo, grande parte vivendo na América.
Cresce também nos EUA o número de "vampiristas". Além do Centro de Estudos de Vampirismo, fundado em 72, existem o Vampire Information Exchange, no Brooklyn, o Manhattan il Vampire's Vault e o Count Dracula Fan Club, todos na área de Nova York.
No resto dos EUA, estão catalogados ainda Count Dracula Society, em Los Angeles, Temple of Vampire, em Virginia, e Vampire of America Association, em Seattle.
Tais associações têm sites na Internet, museus e bibliotecas e ajudam iniciantes interessados em desenvolverem projetos literários e cinematográficos ligados ao vampirismo.

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