São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997
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Presa maior dupla de ladrões de banco

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu ontem dois homens que seriam os maiores assaltantes de banco em atividade em São Paulo, Davi Silvano da Silva, 33, e Aparecido Rodrigues Prezzoti, 30.
Os acusados, segundo a polícia, praticariam em média dois assaltos a banco por semana. Os alvos dos acusados seriam sempre agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Além dos assaltos, Silva e Prezzoti são acusados pelo sequestro do empresário Alberto Takaoka.
Ele foi sequestrado fevereiro de 1996, no litoral norte de São Paulo (leia texto ao lado). Os acusados negaram os crimes e não quiseram dar declarações à Folha.
Cada um deles está condenado a 50 anos de prisão. Além disso, tinham prisão preventiva decretada pela suposta participação no sequestro de Takaoka.
Eles fugiram da cadeia do Depatri, no Carandiru (zona norte), no final de 1994.
Carro roubado
Silva e Prezzoti foram presos por volta das 14h30, em uma casa de quatro andares na rua Francisco Xavier de Abreu, Capão Redondo (zona sul de SP).
Outras quatro pessoas foram detidas na casa. Ourípedes Lopes Rodrigues, 40, estaria adulterando o chassi de um Vectra roubado, que seria usado em assaltos.
Segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos, ele seria contratado pela dupla apenas para "esquentar" carros roubados.
Francisco Antônio Alóia, 39, Cleusa Borba Alóia, 39, e Josiane Maria de Oliveira, seriam cúmplices dos supostos assaltantes.
Na casa, a polícia apreendeu três armas de uso exclusivo do Exército: um fuzil AR-15, uma pistola 9 mm e um revólver calibre 3.57.
Também havia na casa uma carabina, duas pistolas, dois revólveres, um silenciador, placas falsas de carros e munição.
Tiroteio
Os seis acusados só se renderam após 11 policiais da Delegacia de Roubo a Bancos cercarem a casa por cerca de duas horas e meia.
Houve tiroteio entre policiais e os supostos assaltantes de banco, mas ninguém saiu ferido.
"A casa era uma fortaleza, com saídas para duas ruas. Quando a polícia cercou, eles se esconderam no sótão, mas foram achados e se entregaram", afirmou o delegado Ferraz Fontes.
Silva e Prezzoti foram indiciados no artigo 1º da Lei de Segurança Nacional (posse de arma de uso exclusivo do Exército), por adulteração de chassi, receptação, resistência e formação de quadrilha.
Os outros quatro acusados, por formação de quadrilha e adulteração de chassi.

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