São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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Modelos e atrizes driblam 'vigilância' para treinar

EO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Professor, meu pulso e abdômen estão doendo."
Eder Jofre já está se acostumando a ouvir essa queixa, nada comum em uma academia de boxe. Tudo porque as aulas ministradas por ele são abertas às mulheres.
A modelo e universitária Mariela Magalhães, 20, está aprendendo a desfilar sobre uma nova passarela, um ringue de boxe.
Ela ainda desfere jabs, diretos e cruzados de maneira desengonçada -um agudo contraste com a elegância exibida em revistas como "Vogue" e "Cosmopolitan".
"Meu pai me proibiu de praticar boxe", disse ela. "Se ficar sabendo, pode aprontar um escândalo."
Natascha Azevedo, 30, consultora de informática, optou pelo boxe por acreditar que é um bom meio para descarregar as tensões.
"Mas as mulheres não levam jeito para a coisa", admite ela. "Nos falta o instinto brigador."
A atriz e apresentadora Patrícia de Sabrit, 21, outra aluna de Eder, diz que enfrentaria outra garota.
"Só ficaria preocupada com a reação de minha diretora", diz a atriz da Record. "Ela viraria uma fera se eu chegasse para gravar com um olho roxo".

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