São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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Negros e hispânicos acusam produtores de bebida

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Entidades das comunidades negra e hispânica nos EUA têm acusado os produtores de bebidas alcoólicas de racismo. "A indústria do álcool nunca parou de nos usar como alvo; agora, mudaram para um novo meio de nos atingir", diz o reverendo Alpha Estes Brown, de uma igreja negra de Washington.
Ele diz que as emissoras de TV que estão aceitando anúncios de destilados são as que têm maior audiência negra e hispânica. Por exemplo, a Black Entertainment Television e a Telemundo, as maiores redes de TV paga que veiculam de maneira sistemática publicidade desde novembro de 1996.
Brown acha que negros e hispânicos devem ser protegidos desses anúncios porque, por serem mais pobres, eles podem se sentir mais tentados a beber. Segundo dados oficiais, o índice de cirrose hepática (doença provocada pelo álcool) entre homens negros da faixa dos 25 aos 44 anos é dez vezes maior que de brancos da mesma idade.
O presidente da rede negra de TV, Robert Johnson, diz não ser hipócrita como as grandes redes que, segundo ele, recusam anúncios de destilados por medo de perder os de cerveja.
(CELS)

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