São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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Grupo quer fim de influência dos EUA

LUCIA MARTINS
DE LONDRES

Um dos principais grupos que lutam pela "revolução" fundamentalista na Arábia Saudita organiza o movimento de Londres.
O CDLR (Comitê para a Defesa dos Legítimos Direitos) tem um escritório central no centro da cidade e, hoje, suas ações se concentram principalmente em fazer protestos em frente de hotéis (onde há algum membro da família real hospedado) e "exportar os programas para ensinar a população".
O secretário-geral do CDLR, Mohmamed Al-Massari, afirma que seu grupo é o maior e o que mais tem chances de "acabar com a corrupção no país".
"A crise na monarquia é inquestionável. A legitimidade foi quebrada. Estamos construindo um programa sério de educação do povo. Queremos que a população reaja", disse em entrevista à Folha o professor de física, que fugiu da Arábia Saudita em 1993.
Sua posição em relação aos EUA é clara. "Não vamos aceitar qualquer interferência. Quem define os preços do petróleo é o mercado e não a vontade do governo americano. Não seremos subservientes como é a monarquia."
Quando perguntado se sua posição será semelhante à do Irã, Al-Massari diz: "Não vejo nenhum problema na posição do Irã ou do Iraque. Acho que eles têm o direito de cuidar de seus próprios interesses".
O autor de "A Ascensão, Corrupção e Queda da Casa de Saud", no entanto, define Al-Massari como um moderado. "Ele se tornou o exemplo da oposição à monarquia apenas porque fala inglês e é articulado, mas talvez não seja nem o mais representativo nem o mais perigoso."
(LM)

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