São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 1997
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PM de Campinas usa infravermelho

DA FOLHA CAMPINAS

A Polícia Militar vai operacionalizar em Campinas o segundo patrulhamento aéreo urbano do país, a partir de abril. A informação é do comandante do 35º Batalhão da PM, major Elson Roney Servilha.
O projeto deve ser ampliado até o fim do ano, quando a PM pretende ter equipado o helicóptero com holofote e aparelho de filmagem à base de luz infravermelha para patrulhas noturnas.
Hoje, sistema semelhante em todo o país só existe na cidade de São Paulo, desde 84.
O helicóptero, avaliado em R$ 1,5 milhão, foi adquirido pela PM e terá como base o heliporto construído na sede da unidade do Corpo de Bombeiros, localizada no Jardim do Lago, na região sul.
A aeronave vai ser utilizada no apoio às ações táticas terrestres de busca e tumultos nas ruas.
"Nós teremos uma polícia de primeiro mundo, pois o apoio aéreo é fundamental para o planejamento da tropa em uma ação terrestre", disse Servilha.
O major afirmou que em situações de fuga de presos ou atendimento de emergências, a aeronave será destacada para a ocorrência.
O helicóptero, modelo Esquilo, é o mesmo utilizado pela Gendarmie, órgão francês responsável pelo patrulhamento aéreo.
Na semana passada foram feitos vários vôos experimentais com o objetivo de adaptar a tropa ao novo equipamento.
Custo
O equipamento infravermelho que possibilita o patrulhamento aéreo noturno custa cerca de US$ 400 mil, segundo estimativa da Polícia Militar.
O helicóptero que estava sendo utilizado para vôos experimentais, o Águia 6, é equipado com um holofote de 300 mil velas de potência, o suficiente para iluminar uma área de 100 m2 com foco em luz do dia em 20 m2.
Além do holofote, o helicóptero possui um "flir", equipamento dotado de um raio infravermelho para identificar corpos vivos em regiões escuras.
Tanto o holofote como o raio infravermelho têm movimento orbital de 180 graus. Por meio do infravermelho, uma microcâmera, dotada com zoom, registra as imagens captadas e as transmite para um monitor de TV no helicóptero.
O equipamento de infravermelho foi usado pela PM na sexta-feira, em caráter experimental, como apoio a uma operação realizada em seis favelas da cidade.
Durante a operação, os PMs foram recebidos a tiros na favela do Jardim São Marcos. Um dos disparos foi em direção à aeronave, mas não a atingiu.

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