São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 1997 |
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Taxistas de Campinas revistam passageiros Polícia considera a iniciativa ilegal DA FOLHA CAMPINAS Os taxistas de Campinas estão fazendo blitz nos passageiros para evitar assaltos.A prática, adotada desde o início do ano, foi intensificada na semana passada, após a morte do taxista Cirilo José Pansani. Ele foi assassinado no último dia 8, durante assalto no Jardim Paulicéia, região oeste da cidade. Motoristas de táxi, agora, fazem revista e pedem carteira de identidade e endereço quando desconfiam do passageiro. Segundo a delegada do 1º DP, Ana Cecília Bernardes Baz, 32, a revista é ilegal se não tiver a permissão do passageiro. Se o passageiro que não quis passar pela revista se sentir prejudicado, no caso de o taxista se recusar a transportá-lo, ele pode registrar boletim de ocorrência de preservação de direitos. Ana Cecília disse reconhecer que os taxistas de Campinas passam por problemas de segurança, mas afirmou que, quando o motorista desconfia do passageiro que não quis se identificar, só lhe resta recorrer à polícia. Suspeita "Se a pessoa não quer se identificar, digo que já tenho uma corrida para fazer e deixo o cara no ponto", afirmou o taxista Ayrton Antonio Lopes, 53. Ele disse que faz isso quando o passageiro é suspeito. "Se o cara está nervoso, mal vestido, a gente revista", afirmou. Outros seis taxistas de diferentes pontos, que não quiseram se identificar, confirmaram a adoção da prática à Folha. Além dos documentos, eles pedem ao passageiro que levante a camisa para ver se está armado. Segundo Lopes, a revista só acontece quando há mais taxistas no ponto. Se o passageiro que não quiser passar pela revista for a outro carro, passa a ser monitorado pelos demais motoristas por meio do rádio da central de táxi. Texto Anterior: Atraso em obra deixa tráfego lento Próximo Texto: PM de Campinas usa infravermelho Índice |
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