São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 1997 |
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Crescem pedidos de máquinas para bebidas
FÁTIMA FERNANDES
No ano passado, a Krones, que faz equipamentos para indústrias de cervejas e refrigerantes, faturou US$ 150 milhões -35% a mais do que os US$ 100 milhões de 95- com a venda no mercado interno. Foi em 95 que a Krones sentiu os primeiros reflexos do aumento do consumo provocado pelo Plano Real, ao faturar, no mercado interno, 25% a mais do que em 94. "A indústria de cervejas e refrigerantes está investindo muito nas suas fábricas", diz Sérgio Henrique Nascimento, diretor comercial da Krones. Ele conta que as cervejarias foram as que mais compraram máquinas nos últimos dois anos. Por isso, a partir deste ano, continua ele, a previsão é que esses gastos sejam mais modestos. As encomendas de máquinas, segundo Nascimento, continuam num bom ritmo neste início de ano, mas estão um pouco mais fracas do que as do ano passado. A Krones espera fechar este ano com faturamento de R$ 140 milhões -6,7% menos do que o de 96- no mercado interno. Descartáveis Nascimento diz que a maior procura do consumidor pelas embalagens descartáveis está gerando certa demanda por novas máquinas e equipamentos. Pedro Luwerdis, diretor comercial da Sasib, de origem italiana, que faz equipamentos para embalar alimentos, produzir bebidas e máquinas para padarias, diz que a indústria de bebidas está de fato trocando as máquinas. "É que eles estão investindo em garrafas não-retornáveis para substituir as retornáveis." Luwerdis diz que o mercado de máquinas para engarrafar bebidas chegou a US$ 200 milhões em 95. Tradicionalmente, afirma, esse número fica em torno de US$ 100 milhões anuais. Neste ano, prevê, deve ser da ordem de US$ 150 milhões. "Estamos com a carteira cheia de pedidos, mas para operar em prazo curto -até julho e agosto", afirma. Texto Anterior: O setor está de mudança Próximo Texto: Setor de máquinas têxteis tem ociosidade de 60% Índice |
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