São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997 |
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Japão quer garantir presença
CHICO SANTOS
Segundo a Folha apurou, o principal objetivo dos japoneses com essa estratégia é neutralizar uma possível supremacia australiana no consórcio que venha a controlar a Vale. É que, se a Austrália assumir o controle da estatal brasileira, ela ficará com o virtual controle do comércio internacional de minério de ferro, podendo comandar a formação dos preços do produto -o que não interessa ao Japão, dependente do minério importado. Para evitar esse risco, os japoneses irão se dividir para ter uma presença certa no grupo controlador e, depois, discutirão entre si como ficará a presença de cada um na empresa. Caemi Por enquanto, o único movimento claro feito por uma das grandes corporações japonesas no período pré-leilão da Vale foi o da Mitsui, que deverá atuar junto com a Caemi (Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração), do grupo Azevedo Antunes. A Mitsui está comprando 40% do capital da Caemi, por meio de uma operação de aumento de capital da empresa brasileira. A Caemi é dona da MBR (Minerações Brasileiras Reunidas), segunda maior mineradora do Brasil e 19ª do mundo, segundo ranking de 95, publicado pela Roskill Information Services, de Londres. Ainda não se definiram pelo menos três outras corporações japonesas -Mitsubishi, Nissho Iwai e Marubeni. Texto Anterior: Vale abre empresas em paraíso fiscal Próximo Texto: Governo descobre fraude com rádios FM Índice |
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