São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997
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São Bento vira modelo para deficientes

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Começaram ontem as obras de reforma do largo São Bento (zona central de São Paulo), que visam transformá-lo num local modelo para locomoção de deficientes. Orçadas em R$ 500 mil, as obras, a cargo da empreiteira Cone Engenharia, devem se estender por cerca de 90 dias.
Além de trocar o sistema de drenagem do largo, a reforma vai colocar novo piso nos 5.400 metros quadrados de calçamento do local, hoje em estado de deterioração.
O novo calçamento, uma cerâmica verde-musgo e ocre, utiliza o conceito do chamado "piso braile". A cerâmica terá ranhuras de sinalização para os cegos.
Essas ranhuras serão percebidas pela bengala do deficiente visual, que, dessa forma, é avisado com antecedência que há um obstáculo, como um orelhão ou um ponto de travessia em seu caminho.
Para facilitar ainda mais a locomoção dos cegos, será instalado um semáforo sonoro na rua São Bento. Hoje, há apenas quatro semáforos desse tipo na cidade.
Nas ruas em torno do largo, nove guias serão rebaixadas para possibilitar a locomoção de pessoas em cadeiras de rodas. Uma rampa de acesso ao Mosteiro de São Bento será construída.
A idéia do Pró-Centro, programa da prefeitura para valorização dessa área da cidade, é transformar o largo em referência para as ações do poder público em prol dos deficientes.
"O que fizermos no largo será repetido em 20 pontos do centro", afirmou Sanderley Fiusa, presidente do Pró-Centro. Esses pontos, no entanto, ainda não estão definidos.

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