São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997
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Gás de cozinha sobe 9,89%; índice supera a inflação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O gás de cozinha (GLP) está, em média, 9,89% mais caro a partir de hoje em quase todo o país. O último reajuste ocorreu em agosto do ano passado e a inflação, medida pela Fipe, subiu 2,8% no mesmo período.
O botijão de 13 kg sobe dos atuais R$ 6,37 para R$ 7,00 em média, com exceção dos municípios ribeirinhos do Amazonas e do Acre, onde o preço máximo mantém-se em R$ 11,00.
Em São Paulo, o botijão passa de R$ 5,66 para R$ 6,29. O aumento é de 11,13% e vale para os postos de revenda, pois a entrega domiciliar está com o preço liberado.
O reajuste foi autorizado ontem pelo governo e atende a uma reivindicação das distribuidoras, que, em 96, durante as negociações do programa de requalificação dos botijões com a SDE (Secretaria do Direito Econômico do Ministério da Justiça), tiveram negado o pedido de reajuste.
As distribuidoras alegavam que o reajuste autorizado em 5 de agosto de 1996, de 13,2%, era insuficiente para a troca e modernização dos 81 milhões de botijões em uso.
Elas se negavam a fazer a troca sem uma fonte de recursos adequada, embora o preço em vigor sempre tenha embutido uma pequena parcela para o processo de modernização. Com o reajuste, o governo sinaliza que as distribuidoras venceram a guerra dos preços com a SDE e transfere para o consumidor a conta final.
Em agosto passado, as distribuidoras pediram ao governo aumento de R$ 0,20 para cobrir os custos de requalificação dos botijões.
As empresas estimam que cerca de 10,5 milhões de botijões estão sucateados e devem ser trocados por novos o mais breve possível.

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