São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997
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Palmeiras ignora eleição e nega falha em acordo com Reebok

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, negou ontem que haja irregularidades no contrato com a Reebok, para fornecimento de material esportivo, assinado no ano passado.
Ele anunciou também que o clube não convocou eleições presidenciais, contrariando decisão da Justiça. O prazo terminou ontem.
O ex-conselheiro João Roberto Gobbato acusa a diretoria de ter fechado com a Reebok por cerca de R$ 750 mil por ano, preterindo os R$ 3 milhões anuais oferecidos pela Umbro, da qual Gobbato agiu como representante.
Contursi disse que nem sequer houve renovação de contrato. "O fim do contrato com a Rhumell é em 1998". Ele admitiu, porém, que o acordo com a Reebok, cujos produtos são feitos pela Rhumell, só termina no ano 2000.
Contursi disse que o contrato com a Reebok garante ao Palmeiras "muito mais do que estão falando", mas que só iria dar mais informações numa entrevista coletiva, em data indefinida.
Protocolo
A oferta da Umbro, que incluía também mais R$ 1 milhão por ano em produtos e R$ 600 mil/ano em royalties, além de prêmios em caso de conquistas, foi feita de maneira formal e oficial.
A assinatura na proposta é do ex-diretor de marketing e atual presidente da filial da multinacional no Brasil, Francisco Machado.
Apesar de a proposta ter sido protocolada na secretaria do clube, Contursi diz que não a conhecia. "Eu não a recebi."
Os diretores de Administração, Affonso della Monica, Finanças, Ernesto Colombo, o tesoureiro, João Russo, e o presidente do Conselho de Orientação e Fiscalização, Adriano Beneduce, disseram desconhecer a proposta e que o único habilitado a falar sobre ela era Contursi.

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