São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997
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Técnicos divergem sobre o caso Senna

Depoimentos em Bolonha são conflitantes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O monitoramento do Williams de Ayrton Senna durante a prova em Imola provocou contradições no sexto dia de julgamento pela morte do piloto brasileiro.
O carro dirigido por Senna era dotado de duas centrais de telemetria (dispositivo que permite a transmissão de dados à distância): uma da Williams, responsável pelo monitoramento de câmbio e chassis, e outra da Renault, para o desempenho do motor.
Em depoimento à Justiça italiana, em Bolonha, Bernard Duffort, técnico da Renault responsável pelos dados do motor, disse que o dispositivo instalado pela Williams tinha se quebrado durante a batida e que não havia informações registradas sobre o acidente.
Um técnico da equipe contradisse Duffort afirmando que, "apesar de alguns arranhões na pintura, as centrais-da Williams e da Renault- estavam intactas" quando foram retiradas do carro.
Os dados do equipamento instalado pela Renault, segundo Duffort, teriam sido enviados à Justiça 18 dias após o acidente. A central também fora remetida, porém, sem nenhuma informação. Motivo: ela teria sido utilizada em testes realizados na França, e os registros anteriores ficaram "borrados".
A Justiça italiana, que apura as causas do acidente, indiciou Frank Williams, dono da Williams, Patrick Head, diretor, e Adrian Newey, engenheiro, por homicídio culposo. O diretor da prova e dois administradores da pista de Imola também foram indiciados.

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