São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novo "O Cangaceiro" restaura clássico de 52

LÚCIO RIBEIRO
DO ENVIADO ESPECIAL

O cangaço na visão de um veterano. O paulistano Anibal Massaini Neto, 50, que dirigiu e produziu a nova versão de "O Cangaceiro", fala à Folha sobre seu filme. (LR)
*
Folha - Por que um "remake" para o clássico de Lima Barreto?
Anibal Massaini Neto - Minha primeira produção foi um filme sobre o cangaço: "Corisco, o Diabo Loiro". Quando resolvi trabalhar novamente o tema do cangaço, me associei ao projeto desse remake. Por que "O Cangaceiro"? O filme de Lima Barreto, em sua época, foi um fenômeno internacional. Eu não teria outra motivação de trabalhar de novo o cangaço, ambicionando um resultado, se não fosse resgatando "O Cangaceiro".
Folha - Sua nova versão traz alguma diferença do filme de 1952?
Massaini - Essa história de começar o filme com um cangaceiro velho que vai contar sua história a alguém e depois levar a narrativa para sua infância estava no roteiro original de Lima, que não sei por qual razão não foi executado.
Ao pesquisar sobre o filme, descobri esse roteiro original e resolvi fazer na minha versão o que Lima queria ter feito em "O Cangaceiro" de 52 e acabou não fazendo.
Folha - Por que essa coincidência de três filmes recentes ("Corisco e Dadá", "O Baile Perfumado" e "O Cangaceiro") sobre o gênero?
Massaini - No governo Itamar, foi criado esse Prêmio Resgate de incentivo à produção cinematográfica.
Acontece que o dinheiro do prêmio saiu para esses três filmes, o que significou um "start" para essas produções. Por isso elas são concomitantes.

Texto Anterior: Yes, nós temos cangaço
Próximo Texto: Curta dos 80 gera longas dos 90, diz Ferreira
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.