São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997
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Governo não obtém acordo para reforma

Projeto enfrenta resistências

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo não conseguiu fechar acordo com seus aliados na Câmara até o final do dia de ontem e os próprios governistas consideram difícil que o projeto de reforma administrativa seja votado hoje.
As negociações, que envolveram o presidente Fernando Henrique Cardoso, duraram todo o dia, mas só uma reunião marcada para ontem à noite iria definir o adiamento ou não da votação para depois da Semana Santa.
Na reunião, os líderes governistas e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), fariam um balanço das resistências ao projeto e do número de deputados esperado para a sessão de hoje.
Pela manhã, depois da reunião com FHC, Temer chegou a declarar que a votação ficaria para abril e cancelou a sessão extraordinária marcada para hoje de manhã para o início das discussões.
"Não estou entendendo. O PFL quer votar. O PMDB tem que falar franco e dizer o que quer", afirmou o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
Ontem, as maiores resistências ao projeto foram identificadas no PMDB. A fixação do limite máximo de R$ 10,8 mil (atual vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal) para o pagamento do funcionalismo é um dos pontos de resistência ao projeto.
O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) defende uma fórmula que permita o acúmulo de salário e aposentadorias para os parlamentares.
"Temos que fazer de uma maneira que não pareça privilégio, mas sim justiça com quem trabalhou muitos anos e se aposentou", afirmou o deputado.

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