São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997
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Universidades criam nova rede mundial

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Na próxima geração da Internet, cientistas poderão realizar cirurgias cerebrais, e o usuário médio poderá viajar pelo ciberespaço em alta velocidade.
A Universidade de Houston, a Universidade Rice e a Faculdade Baylor de Medicina querem fazer a próxima geração da Internet.
O projeto, que vai custar US$ 500 milhões e foi batizado de Internet 2, deverá incluir realidade virtual. Nessa nova rede, cientistas poderão também realizar simulações meteorológicas e projetar aviões.
"Ela vai possibilitar a transmissão de documentos multimídia com imagens de qualidade melhor do que a de qualquer televisor", disse Ken Kennedy, professor de ciências da computação da Universidade Rice e co-presidente do comitê de assessoria do presidente Clinton para a rede.
Espera-se também que a Internet 2 seja mil vezes mais veloz do que a Internet atual. A previsão é de que ela esteja on line em três anos.
Como a Internet original, deverá começar a ser usada por universidades, passando depois para os consumidores em geral. Isso também pode significar que o excesso de usuários a tornará mais lenta.
No outono passado, a Fundação Nacional de Ciências norte-americana concedeu às três instituições as primeiras conexões com cinco centros de supercomputadores.
No momento, a Internet 2 está transferindo dados para as 13 escolas interligadas, à velocidade de 655 milhões de bits por segundo. A velocidade mais alta hoje é de 28,8 mil bits por segundo.
A previsão é que, dentro de alguns anos, a Internet 2 atinja velocidades de transferência de dados de 2,2 trilhões de bits por segundo.
Alguns pesquisadores dizem que precisam da Internet 2 porque a comercialização maciça da rede criou um gargalo muito grande.
O presidente Clinton prometeu fundos de US$ 100 milhões por ano, durante três anos, para pagar pela Internet 2.

Tradução de Clara Allain

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