São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997
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BBS atraem usuários com soft que simula o jeitão da Internet

Sistemas usam programas com linguagem gráfica

MARIJÔ ZILVETI; HENRIQUE PANTAROTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os BBS (serviço para troca de mensagens e arquivos pelo computador) criaram mais um apelo para manter seus assinantes e evitar que eles fujam para a Internet.
Programas com a cara da WWW -área multimídia que popularizou a rede mundial de computadores- podem gerenciar o funcionamento de um BBS e acabar com o modo terminal, com telas que trazem apenas caracteres.
A "HTML" é a principal linguagem das páginas WWW. Esse recurso permite passear por textos de páginas, criando vínculos por palavras ou imagens, por exemplo.
A Dialdata, que nasceu como BBS e hoje também oferece acesso à Internet, trabalha há um ano com o programa "WildCat Interactive Net Server" no serviço de BBS. Ao se inscrever somente no serviço de BBS, o assinante pode transferir para o seu micro a versão cliente, batizada de "Dialdata Online Navigator".
Mesmo com os serviços limitados do BBS -troca de mensagens, arquivos e bate-papo-, o assi nante pode navegar pelas telas com mais facilidade.
A versão do programa da Dialdata permite que até 48 pessoas estejam conectadas simultaneamente.
O BBS Apollo Online oferece hoje a versão 2.0 do "Worldgroup", um programa gráfico, mas sem os apelos da linguagem "HTML". A próxima versão promete vir com hipertexto e o recurso "Active HTML", dispensando a manutenção dos operadores de BBS.
Montar um BBS exige menos recursos que um provedor de Internet. Para ser provedor, é preciso ter mais linhas telefônicas. Isso porque, se 30 pessoas querem entrar na WWW simultaneamente, são necessárias 30 linhas telefônicas. Somente na Grande São Paulo existem 320 BBS contra 80 provedores.
(MZ)

Colaborou Henrique Pantarotto, free-lance para a Folha.

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