São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997
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Clinton busca nome para a CIA após renúncia de Lake

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Bill Clinton, pretende revelar hoje o nome do seu novo indicado para chefia a Agência Central de Inteligência (CIA), depois de seu escolhido inicial, Anthony Lake, ter desistido de lutar pela aprovação do Senado.
Lake, 57, é a primeira vítima política do Asiagate, o caso das suspeitas ilegalidades no financiamento na campanha pela reeleição de Clinton.
A oposição sustenta que, como assessor de segurança nacional do presidente em seu primeiro mandato, Lake deveria ter impedido o acesso de diversas pessoas com problemas legais à Casa Branca.
Essas pessoas, que contribuíram com dinheiro para a campanha de Clinton, foram levadas ao presidente por pressão de dirigentes partidários. Lake, aparentemente, não sabia dos antecedentes criminais desses apoiadores do presidente, entre eles um condenado por tráfico de drogas e um cidadão libanês procurado pela Interpol.
O mais provável indicado para o lugar que seria de Lake é o diretor-interino da CIA, George Tenet.
Outros nomes citados são os do ex-senador Sam Nunn, do diplomata Morton Abramowitz e do senador da oposição Warren Rudman. Todos eles têm ótimas chances de aprovação pelo Senado.
Lake é a primeira derrota de Clinton na formação de sua equipe para o segundo mandato. No primeiro mandato, viu cinco de seus indicados serem forçados a desistir devido à oposição no Senado.
Foram eles: Zoe Baird e Kimba Wood, nomeadas para o Departamento da Justiça, Michael Carns, para a CIA (os três depois de ter sido revelado que eles tinham tido imigrantes ilegais como empregados), Bobby Irman, para o Departamento da Defesa, e Lani Guinier, como responsável pela aplicação das leis de defesa dos direitos civis.
Clinton acusou a oposição pelo processo que resultou na desistência de Lake.

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