São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 1997
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Blair diz que não haverá revolução

Pesquisa indica derrota de Major

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Tony Blair, o líder do Partido Trabalhista que encabeça a disputa para as eleições de 1º de maio no Reino Unido, garantiu ontem que não efetuará qualquer revolução caso vença.
O seu adversário, o atual primeiro-ministro John Major, em seu primeiro ataque direto a Blair, voltou a dizer que os trabalhistas irão aumentar os impostos e destruir o crescimento econômico obtido em seu mandato.
"Nós prometemos o que vamos cumprir, e vamos cumprir o que prometemos", disse Blair no discurso de abertura da sua campanha em Londres. "Nós não prometemos uma revolução, mas um governo que possa unificar o povo", acrescentou.
Blair, que tornou os trabalhistas mais populares ao efetuar guinada para a direita no partido, garantiu que não aumentará impostos.
O premiê britânico, por sua vez, enfrentou ontem dois reveses.
O primeiro deles foi a divulgação de duas novas pesquisas eleitorais que continuam dando a vitória ao candidato trabalhista.
Na pesquisa elaborada pelo instituto NOP, o Partido Trabalhista tem vantagem de 25% sobre os conservadores. Na pesquisa do instituto Gallup, os trabalhistas aparecem 28 pontos percentuais à frente dos conservadores.
Segundo especialistas, se mantidas as proporções, o Partido Trabalhista terá 500 das 659 cadeiras do Parlamento britânico.
Major desmereceu as pesquisas. "Nas últimas eleições eu estava bastante mal nas pesquisas."
O segundo revés foi a adesão do jornal "The Sun", o mais popular do país, a Blair. "Não me preocupo com o 'Sun'. Tudo o que peço é uma cobertura isenta", acrescentou o premiê britânico.
No discurso de abertura de sua campanha, Major quis associar o progresso econômico do país a sua imagem. Segundo ele, somente o Partido Conservador poderia proporcionar a saúde econômica por que passa o Reino Unido.
A campanha de 1997 será a mais longa dos últimos 80 anos.

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