São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Vendas de teles devem ser mais rápidas, diz diretor do BNDES

Governo descarta adiar leilão da Vale, que será em abril

DA SUCURSAL DO RIO

O vice-presidente e diretor da área de desestatização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), José Pio Borges, disse ontem que os processos de privatização na área das telecomunicações deverão demorar cerca da metade do tempo que os das vendas feitas até agora.
Segundo Pio Borges, a maior rapidez viria pela possibilidade de se dispensar os trabalhos de modelagem de venda que são feitos antes das privatizações. Esse modelo já constará da Lei Geral das Telecomunicações, em tramitação no Congresso Nacional.
O processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, já dura quase 15 meses desde que foram contratadas as consultorias para fazerem a modelagem de venda e as avaliações.
Segundo Borges, caso o Congresso aprove ainda neste semestre a Lei das Telecomunicações, será possível privatizar ainda em 97 uma das empresas do setor.
Essa empresa poderia ser a Telesp ou a Embratel, escolhidas pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta, para iniciar o processo de venda das teles.
Borges disse que a intenção do governo para as privatizações de agora em diante é ampliar cada vez mais a parcela do capital das empresas a ser oferecida ao público fora do leilão de controle do capital. No caso da Vale, essa parcela será de aproximadamente 30%.
Sem adiamento
O diretor do BNDES disse que não há qualquer possibilidade de o governo adiar a data do leilão da Vale do Rio Doce, marcado para o dia 29 de abril.
A afirmação de Borges foi em resposta a informações de que estaria começando a haver pressões dos interessados na Vale para que o governo amplie o prazo para a formação de consórcios.

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