São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Governadores dão apoio à proposta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os governadores que foram a Brasília ontem para assistir a divulgação do plano de metas para a saúde elogiaram as intenções do governo e se mostraram dispostos a apoiar a proposta que obrigará que invistam pelo menos 10% do que arrecadam em saúde.
Antes de divulgar o plano, o presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros Carlos Albuquerque (Saúde) e Pedro Malan (Fazenda) se reuniram com os governadores para explicar as medidas mais polêmicas e tirar dúvidas.
Além de ter de aumentar o investimento em saúde, os governadores terão de assumir a gestão dos hospitais federais e outras atribuições que eram da esfera federal -como compra de remédios.
Só no Rio de Janeiro, 17 hospitais federais deverão ser repassados ao governo estadual e às prefeituras até o fim do ano que vem.
O governador de São Paulo, Mário Covas, afirmou que o plano não é uma camisa-de-força. "É um estudo inicial, uma perspectiva do que se pretende fazer. É uma idéia discutível, estudável, que ainda pode ser aprofundada."
Para Covas, o que o governo federal está fazendo é tentar dar ordem aos gastos federais, estaduais e municipais com saúde, para evitar que duas esferas de governo desempenhem o mesmo papel.
"Não é discutir se é muito ou se é pouco, se devia ser mais ou menos, mas direcionar os recursos da melhor forma possível."
Segundo Covas, a proposta de vinculação orçamentária é viável para a maioria dos Estados. "Nós já estamos investindo um pouco mais de 10% do que arrecadamos em saúde. Não haverá problemas em cumprir a PEC", disse.
Para o governador de Alagoas, Divaldo Suruagy, o plano é bastante objetivo. "É importante garantir a liberação, dentro de prazos estabelecidos, dos recursos do governo federal que vão para Estados e municípios. Isso dá tranquilidade ao gestor dos recursos."
A Fenam (Federação Nacional dos Médicos) se reuniu ontem no Rio após a divulgação do plano e afirmou que as medidas anunciadas pelo governo "são tímidas frente à magnitude dos problemas que atravessa o setor de saúde".

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