São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997 |
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Polícia apreende maconha em potes do Comunidade Solidária
PAULO SILVA PINTO
Tereza Vitale, representante do Comunidade Solidária no Distrito Federal, afirmou em nota oficial que é responsável pela mercadoria e que informou imediatamente a Receita Federal e convocou a polícia quando soube da denúncia. A mercadoria foi doada ao Comunidade Solidária pela Receita Federal e estava à venda em um bazar do Instituto Candango de Solidariedade, uma entidade beneficente de Brasília. O dinheiro arrecadado com a venda seria doado a creches escolhidas pelo programa. Os cubos de maconha prensada estavam envoltos em plástico e mergulhados no creme da marca Tartaruga, fabricada na Argentina, segundo a embalagem. A denúncia partiu de uma dona-de-casa, cujo nome é mantido em sigilo pela polícia. Ela comprou um pote de creme na última terça-feira. Achou estranho o conteúdo e o mostrou ao marido, que o identificou. Ontem de manhã, ele levou o pote ao Instituto Candango, que fechou imediatamente o bazar. Até as 22h a polícia não havia terminado ainda de vasculhar todos os potes de cremes, misturados a outros produtos nas caixas deixadas por quatro caminhões no Instituto Candango no início do mês. Desde segunda, o bazar do Instituto Candango vendeu 50 potes de creme hidratante de várias marcas. Cerca de 80 potes de creme Tartaruga do estoque do bazar não contêm maconha, segundo análise da polícia, e serão recolocados à venda por R$ 2 cada um. Outro caso semelhante, descoberto no dia 30 de dezembro de 96, ainda não foi esclarecido. Em uma creche no Lago Sul de Brasília foram encontrados 2,7 kg de maconha em 29 potes de creme. A polícia suspeita que o creme da marca Tartaruga seja escolhido porque tem perfume mais forte, o que engana cães farejadores. Texto Anterior: Identificado acusado de matar estudante dentro de elevador Próximo Texto: Igreja adia casamento entre travesti e lésbica Índice |
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