São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Identificado acusado de matar estudante dentro de elevador

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia indiciou ontem sob a acusação de assassinato Woo Young Choi, 24, o "Renato". Ele é acusado de matar a facadas Juliana Maria Daniello Dias, 19, no elevador do prédio em que ela morava, na região central de São Paulo.
O crime aconteceu no dia 28 de fevereiro passado, na rua Muniz de Souza, na Aclimação. Choi está foragido. A polícia pediu a decretação de sua prisão preventiva.
Segundo o delegado Antônio Carlos Diniz, da Divisão de Homicídios, o acusado era usuário de drogas, não trabalhava, não estudava, morava com a namorada e vivia da "mesada de sua mãe", Jung Hee Kwon.
Kwon viajou à Coréia do Sul no último dia 7 de março. Deixou apartamento e carro no Brasil. Em seu Monza, o mesmo tipo de carro usado pelo assassino ao sair do prédio, segundo testemunhas, a polícia achou manchas de sangue.
"Podem ser da vítima", disse o delegado. Kwon morava no oitavo andar e Juliana no nono andar do prédio onde o crime ocorreu. A estudante havia ido à portaria pegar uma entrega de comida chinesa pedida pelos pais.
Foi morta no elevador com uma facada no pescoço quando voltava ao apartamento. "Havia ferimentos nas mãos, o que significa que ela tentou se defender", disse o delegado. Para ele, o acusado pode ter tentado arrastar a estudante para o apartamento de sua mãe a fim de violentá-la.
Além da mãe de Choi, sua namorada, Soo Young Kim, 22, foi para a Coréia do Sul em 3 de março. A namorada deixou todas as roupas para trás e um bilhete para uma amiga, dizendo que ia para a Coréia porque havia acontecido "uma coisa grave".
Segundo a polícia, não há registro nos aeroportos brasileiros de que o acusado tenha saído do país. As testemunhas que viram o assassino entrar e sair do prédio reconheceram Choi por fotografias.
"Há uma grande probabilidade de ele já ter abandonado o país", disse o delegado. Ele conversou por telefone com a namorada de Choi, que tinha o apelido de Renato. Ela, que era conhecida como Juliana, disse que não voltará mais ao Brasil.
(MG)

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