São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Pacaembu faz operação tapa-buraco

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um estádio totalmente restaurado, com capacidade total, numerado, mas com um gramado remendado, em precárias condições.
É isso que o torcedor deve esperar do Pacaembu, que será reaberto em 27 de abril, com o clássico entre Corinthians e Lusa.
O administrador do estádio, o ex-jogador de basquete Marcel de Souza, luta contra o tempo e comanda uma operação tapa-buraco no campo para deixá-lo praticável.
"O gramado está uma porcaria. A grama não criou raiz e está tomada pela tiririca (praga). Estamos fazendo replantio de emergência, remendando-o", disse Élvio Lofrano, assessor de Marcel.
Segundo ele, o Pacaembu precisaria ficar fechado por mais quatro meses para uma reforma adequada. "Precisaríamos arrancar tudo e começar do zero. A terra que fica debaixo da grama está muito ruim. Parece pó de tijolo."
Lofrano lamentou o pouco tempo para a reforma. O estádio só seria reaberto no segundo semestre.
A reformulação do Pacaembu foi apressada depois que o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, a pedido dos clubes, pressionou o prefeito da cidade, Celso Pitta.
"Estou seguindo uma determinação do secretário Oscar e, consequentemente, da prefeitura. Não posso nem discutir", disse Marcel.
Exemplo
Apesar das precárias condições do gramado, o Pacaembu será um estádio-modelo, totalmente reformado na ocasião de reabertura.
O tobogã foi recuperado, e a capacidade deve pular para 40 mil pessoas. Todos os lugares serão numerados, como requer a Fifa.
"Refizemos também toda a estrutura elétrica e hidráulica, restauramos o portão principal, a marquise e o placar. Faltam apenas os vestiários e a troca de algumas cadeiras", disse Marcel.
"Nos preocupamos com o conforto do torcedor (veja pesquisa abaixo). Em troca, eles devem preservar o Pacaembu", acrescentou.

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