São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Treinador pede expurgo de 2% da torcida palmeirense

DA REPORTAGEM LOCAL

As vaias recebidas pelo Palmeiras anteontem no jogo contra a Portuguesa Santista detonaram uma crise de relacionamento entre a equipe e seus torcedores.
"Acho que 98% da torcida nos apóia. Os outros 2% nem deveriam ir ao estádio", disse ontem o técnico Márcio Araújo.
O Palmeiras venceu por 2 a 0, mas sofreu hostilidade de parte da torcida que estava nas numeradas.
O treinador disse que a manifestação passou dos níveis aceitáveis. "Eles estão ofendendo os jogadores. Campo de futebol não é manicômio nem consultório médico. Se essas pessoas têm algum problema, que fiquem em suas casas. Campo de futebol não é lugar para extravasar problemas."
Os jogadores concordam com a opinião de Araújo. O atacante Luizão afirma que se sente ameaçado fisicamente. "Se estivéssemos na situação do Corinthians, por exemplo, não sei o que poderia acontecer". Ele disse que é alvo preferencial de parte da torcida. "Não posso errar um passe ou um chute que já reclamam."
"Não são os verdadeiros torcedores do Palmeiras", disse o meia-atacante Djalminha.

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