São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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Planos devem pagar ao SUS, diz ministro

Grupo vai estudar todos os gastos envolvidos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, defendeu ontem que os planos de saúde paguem, ainda que parcialmente, todos os procedimentos médicos realizados em seus clientes pela rede pública.
Para ele, os planos deixam de prestar atendimento nos casos em que o custo é maior.
Dentro de 60 dias, um grupo de trabalho do ministério vai apresentar as conclusões de um estudo sobre a atuação dos planos de saúde. Segundo o ministro, o trabalho vai servir de base para as negociações com o setor.
"O estudo vai esclarecer quatro pontos fundamentais: as responsabilidades contratuais dos planos, o que eles pagam, o que eles não pagam e o que nós pagamos a eles", explicou.
Albuquerque ressaltou que não quer que os planos quebrem. "Eles são bons parceiros, pois atendem uma parcela importante da população, evitando uma sobrecarga no SUS (Sistema Único de Saúde)."
O ministro espera que sejam definidas regras claras para a relação entre o SUS e os planos.
Metas
Um dia após o anúncio do Plano Nacional de Saúde, na quinta-feira, Albuquerque citou mais algumas metas do governo.
O ministro destacou a importância de os cursos de medicina adaptarem seus currículos às novas necessidades, como a formação de médicos de família.
Uma das metas mais urgentes do plano do governo é ampliar o Programa de Saúde da Família, com o objetivo de diminuir as internações hospitalares.
O programa conta hoje com 847 equipes de médicos, enfermeiros e auxiliares, e o objetivo do governo é quadruplicar esse número até 98.
O trabalho nas faculdades será feito com o Ministério da Educação pelo Pies (Programa de Integração Ensino Serviço).

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