São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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SPTrans quer acabar com manifestações diárias

DA FT; DA REPORTAGEM LOCAL

A SPTrans (São Paulo Transporte) entrou ontem com representação no Ministério Público para tentar acabar com as manifestações diárias que os motoristas de ônibus realizam há quatro dias consecutivos.
Ontem, eles fecharam, entre as 8h55 e as 11h, o Terminal Barra Funda (zona oeste).
Segundo a SPTrans, cerca de cem ônibus, de 23 linhas, não puderam sair do terminal.
A empresa avalia que 11 mil passageiros foram prejudicados com o protesto.
A empresa acredita que as manifestações estejam ocorrendo em virtude das chapas que disputarão as eleições do sindicato em maio quererem "mostrar mais força na defesa dos interesses da classe".
Por isso, a SPTrans notificou o sindicato de que "serão tomadas medidas cabíveis e severas contra todos os dirigentes participantes da eleição" e pediu ao Ministério Público que adote "as medidas legais contra os responsáveis por esses atos".
Os problemas com os perueiros, segundo Lenivaldo Alves dos Santos, diretor do Sindicato dos Motoristas, são devido às agressões que são feitas aos motoristas.
"Os perueiros não estão deixando os ônibus trafegarem. Há 'fechadas' e agressões corporais", diz o diretor. Outra razão seria o desemprego causado pelos perueiros ilegais.
Santos diz que a decisão da Secretaria dos Transportes de parar 1.400 ônibus, demitindo cerca de 5.600 funcionários, foi outra razão. De acordo com o secretário dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, foram tirados das ruas 200 ônibus, e não 1.400, e cerca de 1.000 pessoas foram demitidas, em vez de 5.600.

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