São Paulo, sábado, 22 de março de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Força quer agilizar empréstimos do Proger
SÉRGIO LÍRIO
A idéia do projeto é cadastrar os interessados e oferecer auxílio técnico na elaboração das propostas encaminhadas ao BB, responsável pela distribuição do dinheiro. Em 97, a central quer ajudar na aprovação de 10 mil financiamentos em todo o Estado de São Paulo. Se o projeto funcionar bem, será estendido para o resto do país. Segundo o presidente da Força, Luiz Antônio de Medeiros, o objetivo é acabar com a burocracia que emperra a liberação dos recursos do programa. "Facilitando os empréstimos, estaremos impulsionando a geração de empregos." O Proger foi lançado em 94 pelo governo federal para oferecer crédito a juros baixos para micro e pequenas empresas e para trabalhadores do setor informal. Os empréstimos variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil. Para obter um, empresas e pessoas físicas precisam apresentar um projeto ao BB. Os interessados, no entanto, vêm enfrentando problemas para conseguir os empréstimos. No Estado de São Paulo, por exemplo, só 226 projetos na área urbana foram aprovados no ano passado. Por isso, Força, BB e Sebrae estarão atuando nessas duas frentes. A central e sindicatos ligados à ela estarão cadastrando em suas sedes, entre os dias 2 e 10 de abril, os interessados em receber o financiamento. Esse cadastro será encaminhado ao BB para análise, que eliminará os inadimplentes. Empresas e pessoas físicas aprovadas pelo banco receberão ajuda de equipes de consultores, coordenadas pela Força, para elaborar o projeto de viabilidade econômica a ser encaminhado ao BB. As equipes serão formadas por ex-funcionários do BB e por recém-formados ou formandos de Economia, Administração e Contabilidade. Os custos desse trabalho serão pagos com 2% do total do financiamento liberado. Para agilizar a aprovação dos empréstimos, o BB está treinando funcionários de 27 agências da Grande São Paulo e do interior para analisar os projetos. Medeiros espera que essas medidas façam com que o intervalo entre o cadastro e a liberação do dinheiro caia para cerca de 30 dias. Depois de ter o financiamento liberado, as novas empresas ainda receberão auxílio técnico do Sebrae durante os seis primeiros meses de vida. O objetivo é diminuir o índice de "mortalidade" das empresas -hoje, 63% das micro e pequenas não resistem aos primeiros cinco anos, segundo o Sebrae. Texto Anterior: Galbraith põe em xeque monetarismo Próximo Texto: Metalúrgicos da Ford podem fazer greve Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |