São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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Violência marca festa do Purim

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nos últimos cinco anos, a comemoração do Purim, em Israel, tem sido prejudicada por atentados.
O Purim é considerado o "Carnaval judaico". É uma das datas mais alegres do judaísmo -daí o clima de festa que existia no centro de Tel Aviv ontem, no último dia de trabalho antes do feriado.
Purim é a festa judaica que comemora os acontecimentos narrados no livro bíblico de Ester. Casada com o rei da Pérsia, a judia Ester usou os seus encantos para fazer com que o rei desistisse de um édito que condenava todos os judeus à morte.
O rei, na Bíblia chamado de Assuero, é, provavelmente, o rei Xerxes 1º que reinou entre 485 e 465 antes de Cristo.
O primeiro "Carnaval" desta década foi marcado pelo alívio: a Guerra do Golfo acabou nessa época, após Saddam Hussein haver disparado 39 mísseis Scud contra Israel.
Mas, no ano seguinte, um palestino esfaqueou duas pessoas em Jaffa (arredores de Tel Aviv) e feriu outras 19, a maioria crianças, durante as comemorações.
Em 1994, foi a vez de um judeu cometer um atentado à época do Purim: o médico Baruch Goldstein, colono judeu de Hebron, matou 29 palestinos na Tumba dos Patriarcas, local sagrado para as duas religiões, antes de ser morto pelos árabes.
No ano passado, um militante muçulmano matou 13 pessoas em um atentado suicida, também em Tel Aviv.

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