São Paulo, terça-feira, 25 de março de 1997
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Filhos de casal suicida canadense optaram por continuar vivos

Crianças tomaram calmante para não ver morte dos pais

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Crianças de casal suicida da Ordem do Templo Solar (OTS) puderam optar por não morrer com seus pais. As três foram achadas vivas ontem em um galpão ao lado de sua casa, no Canadá.
No sábado à noite, a polícia de St. Casimir, 60 km ao sul de Québec, havia encontrado os corpos carbonizados de cinco pessoas, dois homens e três mulheres, em uma casa pertencente a um membro da OTS, seita que acredita na morte ritualística como uma passagem para estrela a que chamam Sirius.
A menina de 14 anos e dois meninos, de 13 e 16, foram achados quando os bombeiros combatiam o fogo na casa de seus pais, Didier Queze e Chatale Goupillot.
Os filhos do casal tomaram tranquilizantes para não assistir ao suicídio dos pais. As crianças haviam optado por não morrer.
Até ontem, a polícia não tinha certeza sobre a causa das mortes. Além do casal Queze e Goupillot, também foram encontrados os corpos de Suzanne Druau, 63, mãe de Goupillot, Bruno Klaus, 49, e Pauline Rioux, 54.
Druau foi encontrada com um saco plástico em torno de sua cabeça. Os outros corpos estavam sobre uma cama e formavam um desenho de cruz.
74 mortes
As mortes de sábado elevam para 74 o número de mortes de pessoas envolvidas com a ordem.
Em outubro de 1994, no maior suicídio coletivo do grupo, 48 corpos foram achados em uma fazenda e dois chalés nas vilas suíças de Cheiry e Granges-sur-Salvan. Algumas das vítimas haviam sido esfaqueadas, envenenadas, baleadas ou asfixiadas.

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