São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 1997
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Fábrica fechada leva Renault a Justiça

MARTA AVANCINI
DE PARIS

O Tribunal Superior de Justiça de Nanterre, França, tem até 4 de abril para se pronunciar sobre o que está sendo chamado de primeiro julgamento europeu.
A decisão se refere à decisão da Renault de fechar a fábrica em Vilvorde, Bélgica, e das demissões que isso vai acarretar.
A ação foi movida por sindicatos de trabalhadores.
O caráter europeu do julgamento se deve ao fato de um tribunal francês ter de se pronunciar sobre uma decisão tomada por uma multinacional francesa e que afeta de trabalhadores de outro país, a Bélgica, no caso.
Segundo os sindicatos, o fechamento seria irregular porque ele implica demissões, o que só é aceitável como último recurso, segundo acordo do CGT (Comitê de Grupo Europeu), vigente desde 95.
Além disso, a Renault teria desrespeitado a legislação francesa, que prevê que todas as decisões patronais devem ser precedidas de informações precisas e apresentadas por escrito.
A empresa argumentou, durante uma audiência realizada anteontem, que a alegação não tem fundamento legal.
Segundo o procurador Jean-Michel Dessey, o desrespeito do direito francês não pode ser aplicado à questão.
Surpresa
Um grupo de cerca de 500 funcionários da Renault de Vilvorde que ocupava há uma semana uma unidade da empresa próximo a Lille, França, iniciou ontem uma série de ações surpresa.

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