São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 1997
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Pastor Jim Jones levou 900 à morte em 78

DA REDAÇÃO

O caso mais famoso de suicídio coletivo associado ao fanatismo religioso foi o do pastor americano Jim Jones e sua seita, o Templo do Povo. Mais de 900 pessoas morreram ao ingerir uma mistura de suco de laranja com cianureto, na noite de 18 de novembro de 1978, em Jonestown, uma aldeia no meio da selva na Guiana. Os que se recusaram a beber veneno foram assassinados.
Jim Jones, que vivera oito meses em Belo Horizonte, entre 1962 e 1963, mudou-se com seus adeptos para a Guiana em 1977, com a aprovação do governo local, depois das primeiras denúncias contra a seita por ex-adeptos.
Em agosto de 1977, a imprensa americana documentou o crescente uso da violência por Jones para ser obedecido. O cadáver de Jim Jones foi encontrado ao pé de uma cadeira, com uma bala no crânio.
"Não estamos cometendo suicídio. Este é um ato revolucionário. Não podemos recuar porque eles não nos deixarão em paz. Bebam o suco e sejam gentis com as crianças", disse Jones aos seus 913 seguidores, entre eles 275 crianças e 12 bebês.
Outro caso desse tipo ocorreu em setembro de 1985 nas Filipinas. A "sacerdotisa suprema" Mangayonon Butaog matou seus fiéis com formicida com a promessa de que todos veriam a "a imagem de Deus".
Com argumentos semelhantes, a "mãe benevolente", como era conhecida a sul-coreana Park Soon Ja, realizou um ritual em que morreram 28 mulheres e quatro homens no dia 29 de agosto de 1987, em Yongin, Coréia do Sul.
Em 19 de abril de 1993, um cerco policial de 51 dias ao grupo de seguidores da seita Ramo Davidiano, em Waco, Texas, sul dos EUA, terminou com um incêndio que destruiu o Rancho do Apocalipse, sede do culto liderado por David Koresh. Pelo menos 70 fiéis morreram carbonizados.
No ano seguinte, a seita Ordem do Templo Solar, fundada pelo médico suíço Luc Jouret, levou 48 pessoas à morte no mesmo dia: 23 em uma fazenda em Cheiry, no Cantão de Friburgo, e 25 em dois chalés em Granger-sur-Salvan, no Cantão do Valais, a 160 km de distância. A seita pregava a iminência do apocalipse com a entrada da humanidade na era de Aquário.

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