São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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Pneus deixam os carros da F-1 mais velozes no Brasil

FÁBIO SEIXAS
MAURO TAGLIAFERRI

FÁBIO SEIXAS; MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

GP deve provar evolução após fim do monopólio da Goodyear

A "guerra dos pneus", entre Goodyear e Bridgestone, é apontada pela F-1 como a responsável por tornar a categoria extremamente mais veloz este ano em comparação à temporada anterior.
Pilotos e membros de equipes concordam que a concorrência é saudável, e trabalham para conhecer o mais rápido possível o potencial de cada composto.
A categoria chega hoje, às 13h, na pista de Interlagos, em São Paulo, à segunda etapa de um campeonato que marcou o ingresso da fábrica japonesa de pneus Bridgestone, que quebrou um monopólio de cinco anos da Goodyear.
No primeiro GP da temporada, em Melbourne (Austrália), no dia 9, os resultados mostraram o "estrago" da competição.
Jacques Villeneuve (CAN/Williams) fez a pole com 1min29s369, quase três segundos mais rápido que seu tempo para largar na primeira posição no ano passado.
Em Interlagos, a redução nos tempos foi ainda mais evidente.
Logo no primeiro dia de treinos livres, na sexta-feira, três pilotos baixaram o tempo da pole de 96, obtido pelo então "invencível" Williams de Damon Hill.
No ano passado, o inglês foi o pole com 1min18s111, enquanto que, este ano, Heinz-Harald Frentzen (ALE/Williams) fez 1min17s506 apenas em um treino de reconhecimento do traçado.
O GP Brasil, hoje, promete comprovar o saldo dessa disputa.
Dificuldade
"Está mais difícil escolher o pneu adequado", disse o brasileiro Rubens Barrichello, da Stewart, que usa Bridgestone.
Ele atribui a redução dos tempos à "guerra dos pneus".
O brasileiro espera fazer duas trocas de pneus na prova de hoje.
O inglês Johnny Herbert, da Sauber, cliente da Goodyear, concorda com Barrichello. "A disputa deixa a F-1 mais difícil, pois há mais opções", afirmou.
Os dois pilotos da Williams fazem coro. "É claro que há um avanço no projeto dos carros, mas o aumento da velocidade se deve principalmente ao desenvolvimento dos pneus, feito durante os testes de inverno (no hemisfério norte)", declarou Frentzen.
Para Ross Brawn, diretor técnico da Ferrari, as novas opções representam uma variante a mais no trabalho de toda uma equipe.
"Temos algo a mais com o que trabalhar", declarou.
Pedro Paulo Diniz, da Arrows, diz estar satisfeito com os Bridgestone. "São muito constantes. Deveremos parar menos para troca do que os Goodyear."

NA TV - Globo, ao vivo, às 13h

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