São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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Personal trainer infantil

Mais preservados que as meninas no "bombardeio cosmético", os garotos estão tomando alguns cuidados precoces com o corpo. Paulo Henrique Schmidt Lara, 10, aluno do colégio Rudolf Steiner (no Jardim Petrópolis), tem um personal trainer há um ano.
Ele começou os treinos por causa de uma escoliose (desvio na coluna), que teve uma grande melhora em seis meses. "Deixamos ele continuar, porque ele gostou e mal não faz", diz a mãe Ingrid Schmidt.
Antes de Henrique, o instrutor Dudu Rodrigues já era personal trainer de seu pai, Nelson Lara. "Os objetivos dos treinos são diferentes: o do Henrique é desenvolver habilidade, alongamento e postura, o de seu pai visa o condicionamento físico", diz Rodrigues.
A aula, de uma hora, custa entre R$ 40 e R$ 50. São 10 minutos de alongamento, 20 minutos de atividade aeróbica (esteira, corrida ou bicicleta ergométrica) e 30 minutos de recreação, como basquete ou futebol. "O Vitor do 6º andar via as aulas do prédio e pediu para treinar comigo", conta Henrique, que também faz natação e futebol em escolas de esporte.
Daniel Shikasho, 14, aluno do colégio João Paulo 1º (no Morumbi), também começou a treinar cedo. Com 10 anos, já fazia triathlon e, com 11, foi bicampeão de uma prova com 500 m de natação e 5.000 m de corrida. "Faço para ganhar corpo. Sou magro, preciso abrir o peitoral e, com o triathlon, comecei a ficar largo", diz Daniel.
Atualmente, ele estuda de manhã, nada todos os dias, pedala cinco vezes por semana e corre outras duas.

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