São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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Até 89, HSBC excluía mulheres

PAULO HENRIQUE BRAGA
DE LONDRES

Reportagem publicada na edição deste mês da revista "Euromoney" descreve o HSBC como "a instituição financeira mais idiossincrática e poderosa do mundo".
Os exemplos da maneira particular em que o grupo é administrado são muitos. Até 1989, mulheres não podiam fazer parte do IO -sigla em inglês para escritório internacional, o colegiado de diretores regionais do HSBC responsável pela administração do banco.
A proibição de que os membros do grupo da faixa etária entre 22 e 30 anos se casassem sem a autorização do chefe do IO, John Strickland, também foi abolida na mesma época.
O presidente mundial do banco, William Purves, é conhecido por sua obsessão pela otimização do tempo e dos gastos.
Cada reunião mensal do IO é cronometrada, e seu custo calculado com base nos salários dos participantes e gastos administrativos.
Purves também dá exemplos de sobriedade financeira em sua vida particular. Um dos executivos do banco disse à "Euromoney" que houve surpresa quando ele disse não saber o preço de uma viagem que fez pelo Eurotúnel, de primeira classe.
A explicação veio a seguir: Purves havia comprado uma passagem na classe econômica e usado um cupom promocional para conseguir viajar de primeira classe.
Mais lucrativo
O grupo HSBC é uma das dez maiores instituições financeiras do mundo, com ativos de US$ 368 bilhões. O banco é o mais lucrativo do mundo, tendo atingido a marca de US$ 7 bilhões no ano passado.
Suas ações subiram, em média, 22% ao ano nos últimos 25 anos.
O Hongkong é responsável pela maior parte do movimento financeiro do grupo e a maioria dos funcionários está no Reino Unido.
Em 1992, o grupo HSBC adquiriu o banco britânico Midland, um dos quatro maiores do país. Depois da compra do Midland, a sede do grupo foi transferida de Honk Kong para Londres.
Com a aquisição do Bamerindus, o número total de funcionários do grupo chega a 120 mil, em 78 países.

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