São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997![]() |
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Confundindo coisas
NELSON DE SÁ
Certo que "notícia", na declaração de Roberto Requião à Globo, tinha também o sentido de um "roteiro" para outros inquéritos. Mas as expressões seguidas evidenciam o que a CPI significa para o relator: notícia. A referência é a opinião pública, e a cobertura. Não investiga para punir, mas para "informar". O que talvez explique atropelo, vazamentos, dele e outros. É frustrante, por deixar a impressão de que se acompanha algo virtual -ao menos na cobertura da Globo. Mas a declaração veio em reação às críticas de ACM, o presidente do Congresso, contra o "sensacionalismo" da CPI e seu relator. Críticas que surgiram precisamente quando a CPI bateu em seu primeiro "peixe graúdo", propriamente. O prefeito Paulo Maluf. * Paulo Maluf que ontem ainda não havia encerrado a ronda de entrevistas, para livrar-se da pecha de centro do escândalo. Falou ontem a Boris Casoy, ao vivo, diretamente de Paris, em tom não muito distante de ACM. Antes, em meio à cobertura da CPI por Wagner Montes, lá estava o ex-prefeito no Aqui Agora, esforçando-se por desviar o foco, de preferência para Mário Covas, seu adversário, ano que vem. * No show de variedades em que se afundou a CPI, a semana promete depoimentos de executivos de grandes bancos, para alegria dos programadores da TV Senado. Mas está lá, programado, segundo a CBN, o depoimento de um executivo do Banestado. É o banco dirigido pelo adversário de Requião nas próximas eleições para governador, Jaime Lerner. Informação? Notícia? Texto Anterior: Maia pedirá reabertura de processo Próximo Texto: Depoimento de bancos divide senadores Índice |
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