São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997 |
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Ramos expõe nova versão para transplante
DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA Wagner Baptista Ramos apresentou ontem uma terceira versão sobre o pagamento de seu transplante de rim, em maio de 94. Nota distribuída por Mauro Lopes, seu assessor de imprensa, diz agora que Ramos "foi obrigado a arcar com honorários médicos".A primeira versão de Ramos era a de que a Prodam -empresa da Prefeitura de São Paulo para a qual trabalhava- pagara as despesas. Depois que a Prodam negou a versão, Ramos passou a dizer que havia pago parte da cirurgia -gastou, disse, entre R$ 15 mil e 20 mil. Na nota distribuída ontem, Ramos diz que o valor da cirurgia faz parte das despesas médicas discriminadas por ele no Imposto de Renda referente ao ano de 94 -o total desses gastos, diz a nota, é de R$ 33.923,73. Informa que tal declaração já foi entregue à CPI. A Folha apurou que um transplante de rim em 94 custava entre R$ 60 mil e R$ 100 mil. A polêmica em torno do transplante surgiu depois que o banqueiro Fábio Nahoum afirmou a membros da CPI que Paulo Maluf pagara a cirurgia. Maluf nega a informação. Responsável pelo transplante, o médico Elias David Neto informou ontem que não divulgará o nome de quem pagou a cirurgia. Segundo ele, a informação só será dada à CPI, caso ela solicite. "Conferi com meu contador e tenho a resposta na ponta da língua. Mas não vou dizer quem pagou a cirurgia", afirmou. "Não vou alimentar a curiosidade da imprensa", declarou. Para ele, trata-se de um "segredo" médico. Santa Catarina Wagner Ramos reconheceu ontem uma sala ao lado do gabinete do governador Paulo Afonso Vieira (PMDB) como o local em que manteve reuniões para definir os precatórios e a emissão de títulos de Santa Catarina. Ramos foi ao palácio do Executivo catarinense levado por deputados da CPI da Assembléia Legislativa estadual. Ele e os deputados chegaram até a porta de entrada do palácio, de onde Ramos indicou que a sala das reuniões era em frente à escada no primeiro piso. Essa sala pertence à Secretaria de Governo e fica ao lado do gabinete do governador, segundo informou uma secretária do palácio. Texto Anterior: Wagner Ramos era 'secretariável' de Maluf Próximo Texto: Wagner Ramos era 'secretariável' de Maluf Índice |
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