São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997 |
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Agressor está solto, diz vizinho
RODRIGO VERGARA
"Zapata" e "Mancha" participaram das sessões de tortura e extorsão na favela Naval, mas não apareceram na gravação em vídeo e, por isso, não foram presos. "Esse Mancha me deu um 'couro' (surra), há um mês e meio, no mesmo lugar onde foi feito o vídeo. Eram 23h40, mais ou menos, eu vinha da casa da minha cunhada. Ele me levou para um beco, me bateu, pôs o revólver na minha boca", diz J., 21, morador da favela. J. não reconheceu o PM que o agrediu entre os policiais presos. "Nem ele nem o ajudante dele." Dois carros de polícia acompanhavam os dois PMs, diz J.. Sargento "Zapata" é outro nome identificado na favela como sinônimo de tortura. São vários os depoimentos de pessoas que dizem ter sido agredidas pelo policial, também na entrada da favela. O sargento também não está incluído entre os que foram presos pela corregedoria. "Nem todos os policiais envolvidos estão presos.", diz o aposentado Paulo, 45. O terceiro PM em liberdade é o aspirante a oficial Góes Júnior, cuja participação nas agressões está sendo investigada pelo Ministério Público. Foi ele que autorizou as blitze, gravadas em vídeo. Góes não foi preso. O tenente Aparecido Gomes Barros, que investiga o caso, diz que Góes foi uma vez ao local mas não participou das agressões e que teve que deixar o local, chamado para atender uma ocorrência. Texto Anterior: Rambo não dá depoimento Próximo Texto: Chega a 28 número de mortos após soro Índice |
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