São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997 |
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Motta quer apressar celular privatizado Venda do serviço estatal pode ser antecipada ELVIRA LOBATO
O governo teme que as estatais não consigam enfrentar a competição dos grupos privados que vão entrar no mercado para concorrer na telefonia celular. Na próxima segunda-feira, os consórcios internacionais vão entregar as propostas de compra das concessões para o serviço celular privado. Segundo Motta, se não houver nenhuma decisão judicial que venha postergar a concorrência, o ministério assinará os dois primeiros contratos de concessão -o da Grande São Paulo e o outro para a região Norte ou Nordeste- por volta do dia 15 de maio. Na avaliação do ministro, o consórcio que vencer a concorrência para a Grande São Paulo tem condições de iniciar o serviço no final do ano. O preço de venda da concessão para a Grande São Paulo foi fixado em R$ 600 milhões. "Sempre defendi a tese de que o serviço celular e a rede básica de telefonia das estatais deveriam ser vendidos em conjunto. Estou achando que isto não vai ser possível", disse Motta. Ele afirmou que a entrada dos competidores privados vai provocar uma "guerra" no mercado: "Eles vão vender telefone até em postos de gasolina e vão entregar o aparelho quase de graça". O ministro previu que a Lei Geral das Telecomunicações -que autoriza a venda das teles- será aprovada no Senado no final do junho. Anunciou também a implantação da nova política industrial para o setor de telecomunicações ao meio-dia da próxima terça-feira, em cerimônia no Planalto. Com a política industrial o governo anunciará a abertura de uma linha de financiamento para quem desejar se instalar no país para produção de equipamentos. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) será o encarregado de gerir essa linha, que terá apoio internacional do Eximbank japonês. Do Japão deverão vir R$ 2 bilhões, segundo Motta. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Solano, seu nome é Renê Próximo Texto: Novas cédulas vão circular amanhã Índice |
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