São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997 |
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Vai pro céu
CARLOS SARLI O que você faria com US$ 300 mil? Um inglês, no mínimo excêntrico e sem dúvida muito rico, resolveu doar essa quantia, nos próximos três anos, para os melhores surfistas do mundo.O caridoso Greville Mitchell vem se interessando pelo esporte desde 84, quando seu filho começou a surfar, e há oito anos acompanha o circuito da ASP. A partir dessa proximidade, ele fundou o Mitchell Surfing Foundation, que pretende ajudar os jovens competidores, homens e mulheres, e garantir assistência médica em todas as etapas do WCT. A distribuição da pequena fortuna começou este ano. O primeiro beneficiário foi o brasileiro Guilherme Herdy na etapa inaugural do Tour, o Coke Classic na Austrália. No segundo round da competição, o niteroiense foi o atleta com a mais alta pontuação (28,5) entre os desclassificados. Perdeu para Joca Jr., que teve o maior score (30,65) da fase. Como consolação, Herdy ganhou US$ 1.000 extras, que somados aos US$ 2.200 de premiação normal da etapa para a 33ª colocação, não é nada mal para o último lugar. Além desse prêmio especial para os melhores-piores das segunda e terceira fases de cada evento, uma fração da bufunfa irá também para o melhor estreante da temporada, outra para o que mais posições subir no ranking, uma para o campeão do WQS (divisão de acesso), entre outros prêmios. O Sr. Mitchell acredita que "o surfe é o mais excitante, benéfico e saudável esporte do mundo. Que estimula a confiança e alivia as tensões sociais, especialmente nos países em desenvolvimento". Certamente a elite dos surfistas profissionais não está entre as classes mais carentes do planeta, ao menos de carência material. Mas o bem intencionado filantropo também ajuda programas de educação e alimentação para crianças e doentes de Aids. Texto Anterior: Pequenos ameaçam o acordo do Clube dos 13 Próximo Texto: WCT; SP x Rio; Skate Índice |
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