São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997 |
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Para artista, MPB precisa filtrar poluição
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Para o artista, a música brasileira enfrenta uma crise. "Essa MPB é horrorosa, um exemplo horrível para o mundo que nos 'olha' de ouvidos abertos. É uma xaropada. Uma baboseira", afirma, saudoso da música dos anos 50 e 60. "Era um jardim tão bonito, com tantos Tons Jobins, Joões Donatos, Joões Gilbertos, Johnnys Alfs", lamenta ele, que reclama das letras das músicas atuais. "Era um período tão bonito, o do amor, da flor... Agora só existe violência e palavrão. E a turma acha moderninho. Não é." "Ganhar dinheiro ensinando as crianças a sentar na garrafa... a repreensão divina vai chegar", afirma Donato. O compositor lamenta que esse tipo de música tenha entrado na sua casa. "O meu filho tem pôster de artistas indigestos na parede, como Mamonas Assassinas. É primitivo." Além das letras, Donato se queixa da competência instrumental dos músicos atuais. "Hoje, o pessoal toca mal e porcamente seus instrumentos", reclama. (LAR) Texto Anterior: João Donato canta sua "água de beber" Próximo Texto: 'Mates' australianos só querem se divertir Índice |
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